sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Invagaçoes

Sempre me achei muito forte, que saberia cuidar de mim mesmo,e que não preciso de ninguém. Mas, o panorama mudou; eu cresci, evolui e comecei a me entender um pouco. Estou longe de chegar ao nível de auto consciência que almejo, mas sinto falta de algo, algo com o que eu pudesse contar para as horas difíceis, horas essas que sempre pensei que seria capaz de lidar tão facilmente no modo solo.

Não sei, pareço só nesse universo com tenta gente. Evito criar vínculos, responsabilidades, compromissos. Boto a culpa em mim, na minha falta de forma física e em meus assuntos -batidos e chatos-; sinto-me vulnerável e por medo nunca me abri para ninguém, nos momentos de fraqueza já aconteceu, mas nada voluntário e nem agradável. Afasto aqueles que tenho chance de gostar de verdade por reflexo e estabeleço barreiras entre eu e meus amigo e familiares para continuar a ser eu.

Talvez também seja apenas falta de vontade. Mas a falta de ter alguém para dividir os acontecimentos inúteis e banais é o que me mata. Conversar com alguém que sinceramente não queira responder um sonoro foda-se( como eu adoro fazer) para o que eu venha a pensar sobre o tempo ou o sinal fechado.
Mesmo assim, eles dizem que só preciso encontrar a pessoa certa. Mas não é tão simples assim, como posso me prestar em prol de outra pessoa tão profundamente, de forma tão completa, de me dar sem querer receber, se nem me conheço.

Como posso amar sem me amar? Parece tão comum nos dias de hoje, relações cheias de paixão, mas vazias de amor. Fogo que acende e apaga tão rápido como uma ejaculação precoce. Quero me gostar mais antes de tudo, entender minhas responsabilidades para não usar os outros de cabide para meus problemas.

E não digam que não sei o que é amar, seus filhos da puta. Amo sim, posso não fuder toda a noite com a mesma pessoa, e nem com pessoas diferentes. Mas amo. Amo o que me tornei, amo o que sou, posso não me amar em tamanha amplitude ainda, mas gosto mais de mim hoje do que ontem, pensamentos como ~eu me odeio~ já não habitam mais minha mente. Amo meus prazeres, de conversas descompromissadas pelo computador, tweets insanos, risos e alegrias.

Amo com fervor meus pais, meus irmãos, meus amigos, meus gatos. Posso não recuperar minhas memórias de um passado que não volta. Se eu vivesse tudo de novo, e pudesse ter escolhido diferente, escolheria. Sinceramente, não aconteceria nada diferente, eu ainda era como era, e tudo que aconteceu( entre decisões boas, ruins e péssimas) me trouxe para onde estou hoje.

Posso não ser feliz como alguns, e posso não ser triste como outros. Posso não saber dançar, cantar, escrever, rir ou chorar. Mas não desisti. E se desisti, não tive coragem de dar o passo em direção a morte. Quer saber? Qualquer dia publico esse. Talvez quem sabe.

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