sexta-feira, 27 de junho de 2014

Rio-in-Rio


Estamos em foco. 
Eu, você e até Zoobomafu, se este morar no Rio de janeiro. Uma das cidades-sede da copa e a cidade das olimpíadas de 2016, a quantidade de turistas nacionais e internacionais tende a aumentar e invariavelmente eles passarão a conhecer o Rio de Janeiro. Não esse de cartões postais, de mulheres exuberantes, de gente exótica e de preços superfaturados. Falo do rio onde nós, gente normal, vivemos. Um rio-in-rio.


Posso não ser a pessoa mais vivida ou mais indicada para falar dessa rica variedade de Rios, mas já vivi e vi alguns afluentes dele. Estudei no Centro, no Recreio, em Santa Cruz, em Marechal Hermes, em Ipanema, em Nilópolis e em Nova Iguaçu. Não, nunca fui ao Cristo e sim uma vez fui ao Maracanã. Apesar da grande quantidade de lugares bonitos para ir quase não conheço a minha cidade maravilhosa. Mas conheço a outra face, onde os ônibus são cheios, as meninas bonitas existem, mas estão espalhadas por aí, e a cerveja não é tão cara. Não o lugar mais seguro ou acolhedor da terra, mas há valor aqui.

Vizinhas fofoqueiras sabem que horas você saiu e que horas chegou, mas perguntam se está tudo bem ser não seguir a rotina, e por mais que a insegurança e o meio que comandam a sociedade atual, ainda existem pessoas dispostas a ajudar estranhos na rua e a ceder seus lugares a velhinhos. Esse Rio-in-Rio existe em todo o Rio de Janeiro, você pode visita-lo, basta sair cedo de casa, pegar um ônibus ao centro da cidade, achar alguém para ajudar durante o dia e então você saberá o valor de ir beber um chopp na noite de quarta feira para ver um jogo e esperar os trens esvaziarem para só ir em pé nele.

Felipe Juventude

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